domingo, 4 de junho de 2017

Projeto de Lei que trata da realização do Concurso Público é lido, mas não é votado. Vereadores discutem no plenário da Câmara e os ânimos se exaltam


Os Vereadores que compõem o poder legislativo de Cacimbas no interior do estado se reuniram na manhã desse domingo dia 04 de junho, conforme regimento interno da Câmara Municipal para apreciar, votar, debater e deliberar matérias de interesses públicos. A presença da assessoria jurídica na pessoa da Advogada, Madalena Amorim, foi registrada, cidadãos comuns também compareceram a reunião.

Sobre o Projeto de Lei de número: 014/2017 encaminhado pelo poder executivo municipal a Câmara de Vereadores, Casa Maria do Socorro Melo, desde a semana passada, o qual estabelece a criação de 66 vagas de empregos por meio de concurso público para diversos cargos de nível fundamental, técnico, médio e superior, seria votado na manha desse domingo, 04/06, o texto foi lido, mas ficou fora da pauta de votação por parte dos nove vereadores presentes a sessão.

Cícero Bernardo sugere que se estabeleçam critérios mais claros sobre o item que trata dos motoristas, para que seja exigida dos candidatos no edital, a Carteira de Habilitação na categoria “D” para se transportar passageiros em segurança, de acordo com a Lei Nacional de Trânsito Brasileiro, para aqueles que venham ser aprovados no concurso.

Os vereadores de oposição sugerem que o texto seja reformulado pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação, a fim de excluir as 28 vagas de professores criadas sem necessidades, já que o número de alunos dos anos iniciais vem diminuído 3% anualmente e os do Ensino Fundamental chega a 10% de acordo com as estatísticas. Para os opositores, os 28 cargos disponíveis, coincidem com o total de professores que estão fora de sala de aula atuando em outras funções.

Cícero disse que a gestão fechou cinco salas de aulas este ano, o que não justifica a criação de 10 vagas para professores classe A e 18 da categoria B, ele ainda argumentou que futuramente os educadores com desvios de funções, retornarão as seus cargos, o que será um problema por conta da baixa no número de matrículas.

Antônio de Pádua elogiou a gestão que vem pagando seus servidores em dias, mas ver a criação de todos esses cargos com preocupação para manutenção da previdência, salários atualizados, direitos trabalhistas garantidos e demais conquistas. Pádua afirma que as receitas dos municípios vêm diminuindo e não se pode gastar numa empresa pública ou privada, mais do que se arrecada, principalmente num mar de incertezas que o país enfrenta, se referindo aos escândalos de corrupção.

A Vereadora Eliziana se mostrou contrária ao projeto e se dispôs a reunir os professores que são os principais interessados, assim como ela, que é educadora para não terem seus direitos prejudicados. Kelson contestou a fala da vereadora, dizendo que o discurso da edil, é contraditório com a realidade, no discurso ela se mostra preocupada com a categoria, mas na prática estaria lesando o município por não cumprir a carga horária estabelecida no Plano Municipal de Educação. 

O vereador declarou que a o Plano estabelece o cumprimento da carga horária de 30 Horas semanais de trabalho e na verdade, a vereadora só estaria trabalhando 4 Horas durante três dias por semana, o que representa 12 Horas de expediente na Escola do Distrito de São Sebastião.

Eliziana rebateu as acusações, dizendo que trabalha 4 dias da semana e que o livro de Pontos que Assina Na Escola Vereador Manoel de Almeida na presença da coordenadora Wilma Cardoso é a maior prova do seu compromisso e que só não está realizando as visitas as famílias dos alunos por falta de transportes para o deslocamento da mesma.  Os ânimos ficaram exaltados entre os dois legisladores.

Noutra discussão, o Vereador Paulo Araújo, defendeu a realização do concurso, mas com uma ressalva nas vagas de professores, para ele o prefeito sabe da realidade e não seria infantil em criar cargos que ferisse a Lei de responsabilidade fiscal, sendo que ele mesmo pode se prejudicar e responder pelos seus atos e ressaltou que é melhor um funcionário efetivo com estabilidade e independência do que um contratado que pode ficar desempregado a qualquer momento.

Paulo ainda criticou a gestão passada que realizou um concurso em 2009, aonde agentes do governo supostamente se aproveitaram dos cargos e influências que possuíam e direcionaram as vagas do certame para familiares e amigos e alertou-os sobre a operação gabarito que ocorre em outros estados e municípios que pode chegar a Cacimbas e demais cidades vizinhas.

Em meio aos debates acalorados outros requerimentos e Projetos de Leis foram aprovados, outros foram feitos pedidos de vistas como foi o caso do Projeto que trata de Lei de acesso à informação de autoria da vereadora Eliziana e o que trata da reserva de 20% das vagas de concursos públicos para candidatos negros ou pardos de autoria de Cícero. Nesse último caso, Kelson acha viável incluir também os homossexuais e demais grupos minoritários que sofrem preconceitos.




                                                                                         Por: Olavo Silva

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