quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Eduardo Cunha é preso em Brasília por determinação do juiz Sérgio Moro


O deputado cassado e ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi preso em Brasília nesta quarta-feira (19). A prisão preventiva – ou seja, por tempo indeterminado – de Cunha foi decretada nesta terça-feira (18) pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância da Justiça.

A Polícia Federal (PF) confirmou a prisão preventiva e informou que Cunha está sendo levado para o hangar da PF no Aeroporto de Brasília para embarcar para Curitiba, onde estão sendo conduzidas as investigações. A previsão é de que Cunha chegue entre 17h e 18h à capital do Paraná.

O peemedebista perdeu o mandato de deputado federal no dia 12 de setembro, após ser cassado pelo plenário da Câmara. Com a perda do mandato, ele perdeu o foro privilegiado, que é o direito de ser processado e julgado no Supremo Tribunal Federal (STF).

Os procuradores sustentaram que a liberdade do ex-parlamentar representava risco à instrução do processo, à ordem pública, como também a possibilidade concreta de fuga em virtude da disponibilidade de recursos ocultos no exterior, além da dupla nacionalidade (Cunha é italiano e brasileiro).

A prisão foi decretada na ação penal em que o ex-presidente da Câmara dos Deputados responde por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas em fatos relacionados à aquisição de um campo exploratório de petróleo em Benin, na África, pela Petrobras, no ano de 2011.

Segundo o MPF, Cunha recebeu US$ 1,5 milhão de propina, por intermédio do operador financeiro João Augusto Rezende Henriques, que depositou o valor em uma conta secreta do ex-deputado federal na Suíça. Henriques também se encontra preso preventivamente desde agosto de 2015 e já respondia pelos mesmos fatos perante a 13.ª Vara Federal Criminal desde junho de 2016.

Na mesma ação penal foram denunciados Jorge Luiz Zelada, ex-diretor da Petrobras, Idalecio Oliveira, empresário português que era proprietário do campo, e Cláudia Cordeiro Cruz, esposa de Cunha, que é acusada de utilizar uma conta em seu nome para ocultar a existência dos valores.

Fonte: ig.com.br/brasil

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